O valor do dinheiro no tempo
- João Luiz Nogueira
- 24 de out. de 2016
- 2 min de leitura

Costuma-se dizer que quem não tem dinheiro tem um problema e, também, que quem tem dinheiro tem um problema. Pode parecer paradoxal, mas tudo depende das circunstâncias, de que lado você se encontra e, principalmente, de como você trabalha para equacionar um ou outro desses problemas.
No mundo corporativo, as decisões de investir ou de não investir devem levar em consideração o fato de que o dinheiro tem um valor no tempo.
Portanto, antes de se lançar na tarefa de realizar um investimento, quer seja de expansão, aquisição de máquinas e equipamentos, novas instalações, etc., a prudência exige que sejam realizadas análises de viabilidade econômico-financeira que avaliem os fluxos de caixa esperados (valores presentes e futuros), sejam aplicadas as técnicas de capitalização e de desconto e tudo o mais que permita decidir sobre bases sólidas, visando à continuidade da empresa.
Não raro ter empresas que negligenciam esses estudos, confiando muitas vezes em aspectos subjetivos, tais como: “já fizemos isso outras vezes e deu certo”; “a empresa está capitalizada e o que falta para concretizar retiramos dos próximos faturamentos”... não raro também termos empresas que entram em dificuldades agindo desta forma. E o caminho para se recolocar nos trilhos é árduo e de muito sacrifício!
Empresas buscam se perpetuar no tempo. Em função disso, os administradores e/ou gestores financeiros devem olhar para o longo prazo, valendo-se, inclusive, de ajuda profissional e externa que contribua para a composição de um robusto estudo de viabilidade econômico-financeira, capaz de embasar a tomada de decisão de quaisquer investimentos que a empresa queira fazer.
O problema de ter dinheiro ou de não ter dinheiro para investir pode ser relativizado quando os estudos e as análises técnicas indicarem os caminhos seguros a serem tomados, as fontes de financiamento, o custo e o valor do dinheiro – próprio ou de terceiros - ao longo do tempo.